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Você sabia que a indústria da moda tem um impacto negativo enorme no meio ambiente? As tendências cada vez mais passageiras e o ritmo frenético de consumo acabam tornando as nossas peças do vestuário cada vez mais descartáveis. Mas não é preciso sacrificar o seu estilo ou deixar de acompanhar tendências para ter um guarda-roupa mais sustentável. Neste texto nós te explicamos o conceito de slow fashion e te damos algumas dicas para consumir roupas de forma mais sustentável.
Dados presentes no relatório Fashion on Climate de 2020 mostram que cerca de 4% de toda a emissão de gases causadores do efeito estufa no mundo é proveniente da indústria têxtil, o que representa mais de 2 bilhões de toneladas de gases. Além disso, segundo o Sebrae, só no Brasil, todos os anos são gerados mais de 170 toneladas de resíduos têxteis, dos quais apenas cerca de 20% são reciclados. Isso em grande parte é culpa da cultura do fast fashion, que se popularizou nos anos 1970.
O termo fast fashion ou moda rápida, em português, se refere à prática de produção de peças do vestuário em larga escala e com baixa qualidade que são distribuídas por lojas em todo o mundo, sem considerar diferenças culturais. As coleções são desenvolvidas de forma rápida e as peças são vendidas a preços mais baixos, o que acaba atraindo muitas pessoas. O problema dessa prática é que as peças se tornam extremamente descartáveis e as pessoas consomem e descartam roupas, calçados e acessórios em um ritmo muito acelerado, o que é altamente prejudicial para o meio ambiente.
Em contraponto à prática do fast fashion, o termo slow fashion é criado em 2004 para definir um consumo de moda mais consciente e com mais responsabilidade socioambiental. No slow fashion a qualidade dos produtos ganha uma atenção especial, a produção local é priorizada e questões culturais de cada local são levadas em conta. Além disso, as peças são produzidas em pequena ou média escala e há uma preocupação das marcas com a consciência socioambiental e com o relacionamento com os clientes. Aqui na Mandacarú, prezamos pela diversidade, sustentabilidade e brasilidade das nossas peças, sem deixar de lado o estilo, é claro.
Agora que você já entende um pouco mais sobre os problemas ambientais ocasionados pela indústria da moda e já sabe do que se trata o slow fashion, confira as dicas que preparamos para você arrasar com um guarda-roupa sustentável e cheio de estilo!
Peças atemporais
O primeiro passo para você ter um guarda-roupa mais sustentável é investir em peças atemporais. A moda é extremamente volátil e passageira. Comprar somente peças que estão em alta no momento, vai fazer com que você queira renovar o seu guarda-roupa assim que outras tendências surjam (o que não vai demorar muito tempo). Por isso, comprar peças que sejam atemporais e tenham mais a ver com o seu estilo do que com o que está em alta no momento é um importante primeiro passo para consumir moda de uma forma mais consciente.
Invista em peças básicas, com cortes que te valorizem e com cores que combinem com a sua personalidade. Pense nas possibilidades de combinações que você poderá fazer com essas peças e como poderá aproveitá-las em todas as estações do ano.
Produtos locais
A roupa que está na vitrine da loja não chegou ali magicamente. Existe toda uma cadeia produtiva para que as peças de roupas cheguem até você. Desde a produção da matéria-prima, até a forma de operação da loja que vende o produto para você, tudo isso tem algum impacto ambiental. Saber a origem das peças de roupa que você compra é importante.
Prefira comprar de produtores locais! Com certeza existem estilistas, designers, artesãos e costureiros cheios de criatividade e talento no seu estado ou até mesmo na sua cidade. Quando não for possível comprar tão perto, dê preferência para a produção nacional. O Brasil é repleto de talentos no mercado da moda. A regra é: quanto mais perto de você a roupa tiver sido produzida, melhor!
Peças duráveis
Na indústria da moda rápida não há uma preocupação com a durabilidade das peças; os tecidos tem qualidade baixa, os acabamentos são ruins e tudo é feito para não durar e logo ser substituído, o que não é nenhum pouco sustentável. Quando for comprar roupas, invista em peças de qualidade, com tecidos que durem por muito tempo e que mesmo quando você não quiser mais usar a peça, você possa doá-la ou vendê-la em algum brechó. Suas roupas não precisam morrer só porque você não quer mais utilizá-las.
Matéria-prima sustentável
Ter um guarda-roupa mais sustentável implica em entender mais sobre as matérias-primas que compõem os seus looks. Sempre que for comprar roupas, calçados, bolsas e acessórios prefira itens que não tenham origem animal e que sejam recicláveis. Hoje, existem tecidos que possuem um impacto ambiental extremamente mais baixo em relação a outros e aqui no blog da Mandacarú nós já temos um texto que dá 6 exemplos de tecidos biodegradáveis.
Escolhas conscientes
Se você seguir todas as dicas anteriores, você já estará consumindo de forma mais consciente, mas também é importante que você saiba o real motivo de estar consumindo itens de moda. Como dissemos no início do texto, você não precisa sacrificar o seu estilo ou deixar de acompanhar tendências para ter um guarda-roupa sustentável. O mais importante é que você compreenda os impactos daquilo que consome e compre roupas que você realmente goste e façam sentido para você.
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Até a próxima!
